quarta-feira, 25 de julho de 2007

Tessitura poética


Mulher momento...

Quem és tu,
Rubra estrela?!

Vestida carmim,
passas, fugaz:
no firmamento da minha existência,
o teu andar...
lento,
ondulante,
sensual.

No olhar oblíquo,
o breve convite que se desfaz,
e mergulhas no infinito do tempo.

Deixas o rastro de incertezas,
turbilhão de pulsares sangüíneos...
luzeiros no pensamento.

E aparentas, ser,
simplesmente...
uma linda mulher!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Tessitura poética

Apelos ao vento

A Razão!
Será ela desventura,
ou até mesmo loucura?
Será ela a nos tornar
andantes no tempo
em quase desespero,
a buscar,
no cascalho das horas,
mitológicas gemas
pretendidas preciosas
à singular vivência?

Busca torturante,
até mesmo insana.
Paixão, ou psico fissura:
dicotomia feita em urdidura,
ou engodo delirante.

Incorpóreos:
seremos nós etéreos seres,
metamorfoses,

a sorver
com sofreguidão
todas as migalhas
rarefeitas e luminosas
de posterior existência?

São tantas as perguntas,
miseráveis as respostas.

E paira na atmosfera
densa dos nossos dias,
outra pergunta que não se cala:
nesses caminhos
que os percorrem as almas,
haverá, um dia,
um sítio que lhes dê alento e agasalho?

Que respostas teremos
a tantos pedidos,
se são respostas que esperamos,
a estes cantos que cantam
nossos entes vitais doridos.

Se respostas há,
são elas perdidas.
Somos falidos,
consoante ao que se nos dá

a tudo que desejamos.

sábado, 7 de julho de 2007

HaiKai


Estrela cadente?
É o cair da flor do ipê.
Nasce a semente.