domingo, 23 de setembro de 2007

Tessitura poética


Temerários versos

No vazio
da folha em branco,
o compasso inquietante
da longa espera.

Na lentidão paradoxal
da alucinada prece
tomba o ânimo.
É o desânimo
que avilta a existência.

Lento o fluir da vida
que escoa,
e vai.
No vazio, o sem fim
da alma em pranto.

No compasso aviltante,
ainda o vazio da folha em branco.
A lentidão,
a prece,
e a vida que escoa...
E vai,
e esmaece,
e tudo, tudo fenece.