quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Tessitura poética

Mil anos

Mil anos são poucos,
Para todas as estrelas que há no mar.
Ou o mar não reflete o quase eterno
Brilho cósmico de todas as estrelas?

Assim são mil anos: nada,
Se contadas todas as eras,
Como nada é a eternidade
Para todos os nossos desejos.

Estes são, da alma, lampejos
Fugazes, intermitentes,
Como fugazes e intermitentes são
Todos os lampejos das estrelas.

E as estrelas do mar
Trazem na efemeridade da sua existência
O espelho da efemeridade
Dos nossos reais desejos.

E mil anos são os nossos desejos,
Quando os nossos fugazes anos
Não são mais que rápidos lampejos.
Assim são mil anos: nada!