quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Tessitura Poética







A mão de Amanda

Tua,
Amanda,
a mão estendida.
Nua,
e repleta de sentidos.

Na palma, a larga via
que se reparte em estreitos caminhos.

Qual deles tomar:
o curvo e incerto polegar;
o que indica,
ou acaricia meu peito;
o médio ou anular,
que tanto nos levam aos orgasmos,
quanto ao escuro das sombras dos medos?
O mindinho,
Amanda,
o mais incerto dos caminhos?

Qual das linhas da tua mão,
Amanda,
percorro eu?
Aquela que agasalha o risco,
assumido,
de todos os nossos sonhos?

Não importam os riscos,
Amanda,
nem os medos,
nem os sonhos,
pois que tua mão,
Amada,
é um dos teus caminhos
para todos os meus gozos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Tessitura Poética


Almas corcéis


Pudessem,
nossas almas,
depois dos idos anos da vida,
transformarem-se em fogosos corcéis
em tropel infindo pela eternidade,
e sem fim de caminho,
a gozar o gozo
de apenas serem corcéis
a correrem sem ter necessidade
de onde chegar.

Ao meu lado,
Amanda,
para sempre,
o teu tropel.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

HaiKai



Vastidão plana...
Fluir por longas vias.
Turbilhões mentais.

domingo, 11 de novembro de 2007

Tessitura Poética

Comes, logo existes.


Reflita!
Teu destino
São todas as estrelas
Que a tudo revela.

Teu berço:
As cinzas cósmicas, -
Filho que és
Da alquimia estelar

Do imenso cosmo
Tens a consciência,
E dele te atinas.

Tu, devorador de luz,
Pois que te alimentas
De tudo que a luz desvela.