tic-tac tic-tac tic-tac ...
O acontecer das horas,
é novidade?
Ou tudo não passa
de cenário já posto
da comédia e do desgosto,
palco onde desliza
o bailar da circunstancialidade?
Há circularidade,
e linearidade
no acontecimento existencial.
Tudo é produto final,
ou mesmo reforma e manutenção,
do ato inicial
da primordial criação.
O tic-tac do cronológico
mecânico,
e o pulsar silente
e eletrônico,
nada mais são que o vibrar
do cordame celestial
da sinfonia jamais terminal.