quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tessitura Poética

Marejar no Tempo


Há gozo na dor?
Se há... que sei eu?

Apenas minha’lma
Mareja... oscila
Nas ondas do tempo, na espera.

Enquanto marejam
As dores pequenas –
Gotas no mar do tempo –
A dura peleja!

Dor no gozo!
Que há! Bem o sei!
Que marejo no tempo, à espera
De aportar-me em ti...
Destino meu!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Tessitura Poética

Dama da Noite



Vestida de branco,

acolhe o cálido beijo

da brisa da noite.


Despudorada,

exibe-se ao olhar de encanto,

e cobiça.


Expõe-se à carícia,

ao revelado clique de um momento,

no cárcere da eternidade

dilacerada em fragmento.


Dama,

sensual e bela

na fugaz existência,

alheia, talvez,

à iminente falência

refém do dia.


Morre,

antes mesmo que este principia.