segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tessitura Poética

Oníricos versos



Larguei-me entre os lençóis:

lá ficou meu corpo em aconchego.

A alma,

recusou-se a pousar nas tramas,

desfez-se das urdiduras materiais,

e voou,

voou,

talvez,

para o mundo infinito dos sonhos.

Saberia ela,

a alma,

mais que o corpo,

onde buscar a felicidade?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Tessitura Poética

Faça-se


Estrato do juízo se Deus,

– emprestadas as sutilezas

teológicas,

e o amparo escolástico –

é o véu da distinção real

do planetário conteúdo

e da sublimada expressão.


Advento da causalidade,

rigor nas formas todas

tal qual expressão macroscópica

de todo cristal,

ou na microscópica molecular

e molar da revelação vital.


Distinções formais,

variadas e reais,

da causalidade o fato;

e toda distribuição

seja do conteúdo,

seja da expressão,

eis a natureza da distinção

que transmuda o orgânico estrato

em lavor da criação.


Segmentaridade

linear,

unidimensional,

limiar nunca ocasional

do produto tonal

das cordas cósmicas

obreiras da assunção vital,

pelo conteúdo

que independe da expressão,

lavor da geração,

do poder e da dominação.


E tudo, tudo...

é originado do pó,

no momento crucial do: - Faça-se.