domingo, 18 de julho de 2010

Tessitura Poética

Verbos


Somos, irmão,

coisa única

com tudo o mais que há.


O Deus criador,

perguntado seu nome,

disse ser Aquele que É.


O humano Ser,

nada mais será

que verbo de mesma grafia.


Compreender isso

é humana,

e eterna, porfia.


Eu sou

Tu és

Ele é

sábado, 10 de julho de 2010

Tessitura Poética

Acontecimento


O homem,

o Ser,

acontece na Luz que se faz de lampejos;

e acontece no tempo,

perdição entre a penumbra passada

que se faz sombra,

e o devir.

Eternos.


Na luz,

o que se vê

são projeções no espelho,

teatro imagético

feito de signos de existências.


A Bondade,

a Impulsão,

o Desejo,

e tudo o mais,

fragmenta-se no fio cortante do presente.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Tessitura Poética

Cidadelas em conflito

Assim é o Ser.
Singularidade em porfia.
Oscilação no medo de ter e perder,
e refém perene da dicotomia
na espiral circularizante
do desejo e necessidade.

No centro de tudo,
o estoque do medo
e do segredo,
perdição extrema
entre compulsão
e obsessão,
causa e efeito do eterno degredo.

No entanto,
da teia e do enredo,
qual o fio salvador estendido?