sábado, 26 de junho de 2010

Tessitura Poética

Segredos


Quantos haverá?

Tantos quanto seja a plenitude.

Tudo se esconde na penumbra

que recobre as singularidades.


Os mais tenebrosos,

estes perdem-se na escuridão do ser.

A Sombra alonga-se

para muito além do que se é.


Tantos são os segredos

quantas sejam as multiplicidades

que há entre corpo e alma.


A penumbra, a sombra,

são os segredos

e medida de toda existência.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Tessitura Poética

Viver no teu nome

O que mais falar do amor?
Tanto disseram o poeta e o amante,
que tudo o que eu diga
vazio será de importância,
nada mais será que redundância.

Disse o poeta cancioneiro
quão grande é o amor verdadeiro.
Outro, ser o amor eterno porquanto dure.
E outro, ainda, de maior idade,
do amor falou da contrariedade.

De tudo isso tenho ciência,
e de que o amor que me consome
nas intensidades do teu nome,
travestido é nos segundos da existência.

O que mais falar do amor?
Pois que é dor e contentamento e,
do meu viver o testamento
que é de ti o meu favor.