A mão de Amanda
Tua,
Amanda,
a mão estendida.
Nua,
e repleta de sentidos.
Na palma, a larga via
que se reparte em estreitos caminhos.
Qual deles tomar:
o curvo e incerto polegar;
o que indica,
ou acaricia meu peito;
o médio ou anular,
que tanto nos levam aos orgasmos,
quanto ao escuro das sombras dos medos?
O mindinho,
Amanda,
o mais incerto dos caminhos?
Amanda,
percorro eu?
Aquela que agasalha o risco,
assumido,
de todos os nossos sonhos?
Amanda,
nem os medos,
nem os sonhos,
pois que tua mão,
Amada,
é um dos teus caminhos
para todos os meus gozos.