domingo, 23 de agosto de 2009

Tessitura poética

Delírios


Haverá certeza,
ou explicações,
para todas as angústias?

Ou serão elas raízes
das nossas incertezas?
Deus! Que somos perenes,
senão eternas redundâncias.

Ou, serão nossas identidades
repetidas metáforas de novidades
na ribalta das rostidades todas?

Nas mutações, escórias da eternidade,
redundâncias somos,
repetidas circunstâncias remanufaturadas
em devires mil,
mil vezes mil
devires quase sem novidade.

Seres unos, somos,
milpartidos em mil,
a cada instante
no fluir constante,
circunstante,
e reiterante do ato da criação.

Repetições.
Identidades.
Rostidades.
Diferenças...
e repetições.
Assomadas crenças,
de que somos novidades,
quando delírios, apenas somos.

E o fluir,
o devir
constante,
inquietante,
delirante,
é engodo também da criação.

Quando haverá certeza,
ou explicação?

3 comentários:

Maristeanne disse...

efvilha,

Lindo teu comentário no Lampejos

[obrigada,poeta]
_______

Me surpreendeste
me emocionaste e me abraçaste

com todos os delírios de todas as tuas palavras cheias de verdades e convites a reflexionar

Teus poemas são preciosos
e certeiros.



(a)braços,flores,girassóis..:)

DIANA S. CASTRO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
DIANA S. CASTRO disse...

EFVILHA,

Eu, aqui, sou invasora. Permita-me essa invasão, pois não poderia passar por este espaço de singularidades e permanecer muda. Seus poemas merecem que o silêncio, os hiatos, sejam entrecortados pelas palavras. Belos poemas!