Desterro
Tu és grande, Senhor.
Tanto, que a mim tens preterido,
embora não tenhas de todo esquecido
sendo Tu, o meu Criador.
Por seres tão grande,
desfizeste comigo, a identidade.
Tens, afastado de mim tua rostidade
nos desterros pelos quais eu ande.
Se és grande, Senhor.
Por que de mim tens afastado,
por que não me tens falado;
e das frias lajes te municias
para dizer-me o que anuncias?
Deste-me, Senhor,
por desterro, o processo linear;
tornaste-me sujeito ao clamor,
e estrangeiro da expansão circular.
Sois grande, Senhor.
A isso não há como me opor.
Por quê, então, distancia-me da esperança,
de partilhar contigo a aliança?
Tu, és grande Senhor!
Esse, o meu tormento, a minha dor,
por saber-me pó,
e invólucro de alma no desterro e só.
sábado, 12 de setembro de 2009
Tessitura poética
Postado por efvilha às sábado, setembro 12, 2009
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Um comentário:
Que tenhas um domingo de alegrias...
abraço
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