terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Tessitura Poética

Dama da Noite



Vestida de branco,

acolhe o cálido beijo

da brisa da noite.


Despudorada,

exibe-se ao olhar de encanto,

e cobiça.


Expõe-se à carícia,

ao revelado clique de um momento,

no cárcere da eternidade

dilacerada em fragmento.


Dama,

sensual e bela

na fugaz existência,

alheia, talvez,

à iminente falência

refém do dia.


Morre,

antes mesmo que este principia.

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