Dama da Noite
Vestida de branco,
acolhe o cálido beijo
da brisa da noite.
Despudorada,
exibe-se ao olhar de encanto,
e cobiça.
Expõe-se à carícia,
ao revelado clique de um momento,
no cárcere da eternidade
dilacerada em fragmento.
Dama,
sensual e bela
na fugaz existência,
alheia, talvez,
à iminente falência
refém do dia.
Morre,
antes mesmo que este principia.
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