domingo, 31 de maio de 2009

Tessitura poética

Do macro tempo

O tempo,
insidioso,
não é quimera,
e nos ignora:
devorador cronos, que é,
não nos insere;
nele, inseridos somos.

Guardião das bifurcações todas,
o tempo não as revela.
Antes,
goza os instantes todos
das oscilações que somos,
e temos.

O tempo não é medido,
nem medida é;
no entanto,
a ele concerne
medir os errantes que somos
no bifurcado escaninho
rumo ao termo que nos espera:
abarcadas que foram
nossas possibilidades todas.

Um comentário:

Maristeanne disse...

...

O tempo derretido
assim:
nos sugando os passos
nos ignorando
....e marcando seu traço.

Mas é o tempo senhor...
tempo e sua possibilidade.


Bela sempre...tua poesia,Efvilha
:)

(a)braços,flores,girassóis:)