sexta-feira, 5 de junho de 2009

Tessitura poética

Ouça! É um grito!



Quem?!

Quem está aí?

Deus! Quem ouvirá o grito,

medonho no desespero,

que não ecoa,

que não vaza

as paredes frias do granito!


Quem?!

Quem está aí?

Deus! Quem será o fulcro,

a elevar da tumba,

aquele que medra no sepulcro!


Deus!

Quem moverá os fios.

Quem moverá a lápide.

Quem resgatará dentre

os corpos frios,

o refém da morte.


Deus!

Quem responderá ao grito,

ao último apelo aflito,

que não ecoa e não vaza

em torvelinho infinito.


Deus!?

Estas aí?

Ouça! É um grito!

O grito...

por demais aflito...

Deus!?

2 comentários:

Maristeanne disse...

...

Ouço...
teu grito redundante e belo...Poeta.




(a)braços,flores,girassóis:)

Maria Faia disse...

Deus...
Quem ouvirá o grito de um poeta?
Outro poeta talvez,
Ou Deus que lhe deu voz!

Um abraço amigo, cheio de luz e sol,

Maria Faia