sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Textura poética

Loira Bacana


Thereza Maria de Albuquerque
Treze anos.
Varridos os sonhos.
Descida,
precocemente,
da vida.

Menina Dama
Dona do asfalto
Sem muito Saber,
e quase nada entender.
Esperta na cama.
Mercadoria do sexo.

Do peito
brota, a ciência
da vida torta.
Choro tardio,
no caminho vadio.
Destino! O noivo perfeito.

Não há mais tempo.
Charada HIV.
Mostrada na TV.
Treze anos.
Bacana! Agora, que importa?
A loira é morta!

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