quinta-feira, 27 de abril de 2006

Coisas da minha cidade!

 Isso acontece também na tua?
Aqui, a notícia da morte de alguém é anunciada aos quatro ventos pelas badaladas dos sinos das duas igrejas predominantes: a católica e a de confissão luterana. Esta, bem perto da minha casa.
Hoje, deve ter morrido algum católico. As badaladas vieram de lá. Não é todo dia que acontece isso, não. Se você vier nos visitar, e vier pela rodovia no sentido leste/oeste, na entrada da cidade você se deparará com um portal não muito imponente. Mas lá, em letras bem grandes, está escrito: "Capital da longevidade". Talvez seja por isso que badalam os sinos; a morte de alguém, aqui, é pura novidade!!!
Cidade pequena, e todo mundo ouve as badaladas espaçadas, lúgrubes.
Uma para cada ano vivido pelo morto, creio eu, pois algumas são mais curtas, outras mais demoradas, sempre no mesmo ritmo. Blom...    Blom...   Blom... Nunca me ocupei em contá-las. Aproveito esse tempo para pensar e fazer outras coisas, pois, o que me interessa, mesmo, é a vida.
Ah! Ia me esquecendo. Quando faleceu o Papa João Paulo II, foi uma hora inteira de badalação. No meio daquelas que fizeram blim... blom - por meia hora cada - vieram os  "blons", um para cada ano que ele viveu. Não contei. Pelo que ele fez, pelo que ele foi, poderiam muito bem passar de mil que eu aplaudiria.
São coisas desta minha cidade pequena. E sei que, se não fossem as badaladas, todo mundo ia mesmo ficar sabendo que alguém foi desta para uma melhor...
Sei lá! Depende da vida que o morto levou, não é?
É tão incerto o que acontece do outro lado. Brrrrrrrrrr!

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