quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Tessitura poética

Mil anos

Mil anos são poucos,
Para todas as estrelas que há no mar.
Ou o mar não reflete o quase eterno
Brilho cósmico de todas as estrelas?

Assim são mil anos: nada,
Se contadas todas as eras,
Como nada é a eternidade
Para todos os nossos desejos.

Estes são, da alma, lampejos
Fugazes, intermitentes,
Como fugazes e intermitentes são
Todos os lampejos das estrelas.

E as estrelas do mar
Trazem na efemeridade da sua existência
O espelho da efemeridade
Dos nossos reais desejos.

E mil anos são os nossos desejos,
Quando os nossos fugazes anos
Não são mais que rápidos lampejos.
Assim são mil anos: nada!

5 comentários:

Alice Matos disse...

É difícil entender o tempo... Se pensarmos bem... não temos referências para que o possamos entender... É o tudo e o nada... o tanto e o tão pouco... o demais e o ínfimo... tudo na mesma medida...
Lindo poema...
Um beijo...

Silêncio © disse...

Ai o tempo...

Esse monstro insaciável...

Um Beijo Sereno

Moura ao Luar disse...

Mil anos... pouco tempo para algumas coisas demasiado para outras

Anônimo disse...

Com certeza mil anos é como nada, pois estamos sempre aprendendo coisas novas e maravilhosas que mesmo que vivessemos mil anos, ainda seria pouco para que se possa usufruir de tudo.
bjs
Lisméia

Anônimo disse...

Evaristo seu blog está maravilhoso. Parabéns.

Rosely