terça-feira, 10 de junho de 2008

Tessitura Poética














Processo

Não é intempestiva
a mortalha que nos recobre,
feita de instantes
desde que nascemos.

O destino primeiro
é sempre outro,
e outro é a cada instante.

Todavia,
a mortalha se faz
rizoma,
e soma,
do temporal nervoso coletivo
do complexo racial
e social,
do clã,
e da civilizada temporalidade.

E somos outro,
sempre outro,
moldado,
arborizado
e enraizado
no outro, que somamos,
e memória fugaz do processo
no fraudado abscesso,
talvez,

do assomo do que somos.

10 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Esse teu poema é lindo! Vc não publica? Não pode ficar preso num blog. Senti uma coisa que não sei dizer. Parecia eu, porque também faço poesia, em sua maioria sonetos, mas metrica livre também, desde que tenha ritmo. Postei 2 coisas num post só. Vá lá, preciso dos seus comentários.
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
não há ponto depois de www
Um beijo,
RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO
RS: GOSTO DO SEU BLOG. QUANDO ESTIVER CANSADA, VIREI AQUI PARA RELAXAR!

Lúcia Laborda disse...

Oie lindinho! Mas um carinho cheio de beleza em forma de versos...
Doce como tudo que você escreve.
Beijos

SAM disse...

Maravilhoso, como sempre. Aqui venho sedenta das boas leituras. Esta ultima estrofe é sábia e tão verdadeira... E somos...


Beijos com carinho

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá querido amigo, lindo poema...Adorei!!!
Desculpa tenho passado pouco por aqui, o trabalho tem apertado um pouco...Beijinhos de carinho,
Fernandinha

mundo azul disse...

...somos vários raios de um mesmo sol! Muitas nuances de uma mesma essência...
Gostei muito do seu poema!
Beijos de luz e muita alegria no coração...

Maristeanne disse...

Efvilha,

Estranha a nossa espécie...nessa cavidade do que somamos num outro ao encontro do outro em outra moldura que nunca seremos.

Por isso que muitas vezes quero ser meus próprios sonhos inventados.

Belo poeta!...


Bom fim-de-semana :-)

(a)braços,flores,girassóis.

Zana disse...

Belo!

Finalmente consegui algum do meu curto tempo para te visitar meu amigo...

Um grande beijo de Paz em ti!

Helena Rezende disse...

Maravilha de poema!
...somos todos, um misto de árvore e gente, genética - humana e botânica, frutos de flores que brotam dos galhos...do tronco.
Obrigada pela visita!
Um abraço, Helena Rezende
http://vamossalvarnossoplaneta.blogstop.com

RENATA CORDEIRO disse...

CONTINUO GOSTANDO MUITO DESSE TEU POEMA, MAS NÃO CONSIGO DIZER MAIS NADA, POIS ESTOU NUMA TRISTEZA INEXPLICÁVEL. POSTEI HJ SOBRE STARDUST, O MISTÉRIO DA ESTRELA E SOBRE A II PARTE DA DAMA E O UNICÓRNIO. VÁ LÁ E DEIXE O SEU COMENTÁRIO. SE AINDA NÃO PÔS COMENTÁRIO EM PARIS, EU TE AMO, APROVEITE A OCASIÃO.
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
não há ponto depois de www
BEIJOS, CADA VEZ GOSTO MAIS DE VCS
RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO

RENATA CORDEIRO disse...

Estando no meio leito de doente, só me resta teclar. E nada me deixam fazer. Mesmo assim, fiz uma postagem hj, logo abaixo da Trilogia, chamada "Curtas sobre filmes imperdíveis". Apareça por lá.
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
não há ponto depois de www
um abraço,
Renata