sábado, 20 de junho de 2009

Tessitura poética

Do inexplicável tempo

Perguntas-me o que é o tempo.
Prudente dizer é: não sei.
Pondere! Dele subtrai-se a lei:
de tudo é edificador;
é cinzel e martelo do criador.

Também, que é chronos,
mito que a tudo devora,
transmuda o presente em outrora,
o devir torna inseguro,
e incerto oráculo o futuro.

A tudo conduz à ruína,
mesmo à pena que a tudo valha,
por ter chronos a eterna sina
de ser promessa e também mortalha.

Do tempo tudo e nada se pergunta,
e tem-se dele a certeza de que apenas É,
e que a tudo separa e junta,
nas reveladas somas sustentadas pela fé.

Um comentário:

Iana disse...

Belo poema tens aqui amigo
soltas as asas da imaginação
e voa na escrita...

Assim deixa para seus leitores e amigos grandes textos...

Abraços caro amigo
a rosa amiga passou por aqui
Iana!!!