sábado, 28 de novembro de 2009

Tessitura Poética

Essência humana

O que tiver que ser,
será, talvez.
Frustradas esperanças objetivas,
mil vezes mil superadas
as negativas, talvez.
Anti-modelo estrutural,
ou gerativo,
estranho ao eixo genético
onde a armadura mental profunda
não abunda, talvez.
Pivotante unidade objetiva,
sucessividade celular fecunda,
unicidade ultra-dimensional,
transformacional e subjetiva.

Essa a cadeia humana,
tanto a sadia quanto a insana,
liberta da binaridade
arborescente do
decalque reprodutivo ao infinito,
substância corpórea que não é granito,
por este velado e revelado,
porém,
no derradeiro instante do réquiem.

Mapa-rizoma
a que tudo se soma,
essa a essência humana.
Homem-mapa-aberto
conectável
reversível
desmontável
transformável constante,
mutável na perfídia psicanálise.
Mapa-rizoma no uno,
porém,
pivotante grupal e social.

Do redundante perigo decalque,
se libera, e
dos impasses bloqueios
de todos enganosos esteios.
Da vergonha,
da culpa,
da fobia,
liberta-se pela porfia,
talvez.

Não subserviente ao
desmoronamento,
buraco negro
do rizoma fechado,
arborificado e...
morto,
enfim.
Antes, às impulsões exteriores
o desejo fomenta,
e outras às produtivas,
acrescenta.

Rizomorfo Ser,
se estendidas as ramas,
e as tramas
do pensamento,
e das sinapses da
urdidura cerebral,
nunca um produto final;
talvez?

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