terça-feira, 2 de março de 2010

Tessitura poética

Vida Rizoma


Assim é a vida:

incerta como o rizoma.


Nunca se é árvore,

previsível,

até mesmo no balançar

dos ramos

sob a fúria das tormentas,

ou na rotina torturante

da singular existência.


Antes,

se é o mais belo dos apelos

ao rizoma das perenes metamorfoses.

Estas,

sim,

tecelãs de todos os fios

sedosos das teias de todos os amores,

dos eternos todos amores,

no revelado existir das existências todas,

se assim se é.


Que a nada tolda,

Pois que o rizoma não se tolda.


Travestis,

é o que se é,

na multiplicidade de tudo o que se é,

espelhados rizomas de outros rizomas,

que se é.


A vida, assim é:

como o rizoma, incerta é.

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