quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tessitura Poética

Tudo acontece nas horas

Pêndulos
na existência incerta dos sonhos.
Oscilações na busca inquietante
de oníricos mundos,
cujo horizonte se desmancha
em caminhos também incertos
que levam a ter outros sonhos,
e sonhos com o amor.
Sempre o amor:
longínquo,
desesperado,
e perdido amor.

Tanto!
Que o amor aparenta ser
o próprio sonho:
intocado,
e intocável.
Essência suave dos anjos,
loucura ou terror das trevas,
que nos consome,
como consumidas são as horas.

Continuamos pêndulos,
decalques singulares e estanques,
rascantes,
na dolorida perdição
entre amor e paixão.
Sonhos!
Meros sonhos
travestidos em desilusão.

Nas horas
o amor se consome.

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