Que tédio descomunal. Isso, em pleno domingo de carnaval.
Penso em toda aquela gente, sacolejante, foliã, atrás de um trio elétrico.
E gente que, provavelmente, ainda se arrasta bamboleante pelas avenidas, aos solavancos de uma bateria de samba e outros ritmos quaisquer, talvez na busca desesperada pelo último trago na taça da ilusão.
É como esperar num ramo alto à luz do sol pelo odor dos corpos em movimento e, então, mergulhar em fuga nos subterrâneos devaneios da alma angustiada. Quem sabe, na busca do reverso de um canto alucinante; reverso que nunca vem. Metáforas, enfim.
E eu? Busco uma fuga implausível em Mil Platôs, de Gilles Deleuze, cuja densidade me absorve por inteiro.
Há tédio que resista?
domingo, 26 de fevereiro de 2006
Num domingo ofuscante de tanto sol
Postado por
efvilha
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domingo, fevereiro 26, 2006
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