sábado, 25 de fevereiro de 2006

Pois é!

Precisei ir ao Colégio da minha cidade. A diretora, disseram-me, estava ocupada resolvendo um problema com alguns alunos. Seguiram-se intermináveis e entediantes minutos.
Por fim, quatro alunos passaram por mim na sala de espera.
- Olá, professor!
- Já vi essa cena antes. - Respondi. Sorriram, e foram adiante.
Três deles são velhos conhecidos meus, ex-alunos, assíduos freqüentadores das salas da Direção e da Equipe Pedagógica. Nunca por mim para ali encaminhados. São garotos legais, geniais, que dificilmente cometerão delitos sérios. Provavelmente não estejam na escola dos seus sonhos, ou das necessidades dos sonhos dos garotos de agora.
Até ser atendido, fiquei pensando: Esses garotos! Vivem surfando as ondas vertiginosas do ciberambiente. Navegam, turbinados, pelas incríveis vias internáuticas. Ou será internéticas? São construtores de um novo saber, e agentes ativos da cibercultura em formação.
As escolas? pensei. A maioria, talvez, estejam desesperadamente agarradas no dorso lento e quase rastejante da gigantesca tartaruga do ensino público.
E talvez alguém diga que, de longe, não é bem assim.
Assim pensei.

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