Despercebidamente
Prazeroso é
falar como todo mundo fala,
dizer o sol nasce
quando se sabe que assim não é.
É prazeroso
espraiar-se indefinidamente
pela multiplicidade
engastada na singularidade
do que somos,
e ver ruir todas as
máscaras das quais dispomos.
Não ser mais nós mesmos,
aspirados, multiplicados
e suportados que somos,
é prazeroso.
E tão prazeroso é
não ter importância,
assim como não tem
importância dizer
ou não dizer que se é.
Prazeroso é pensar,
agir e experimentar
cada qual singularidade
incrustada na multiplicidade;
tanto, a tornar-se imperceptível.
E tanto, que se passa
despercebido
ao mais próximo
e ao mais distante
no tempo ao mesmo instante.
2 comentários:
Oláaaaaaaaa..Cada dia que passa percebo que não sei mexer muito nesse blog..rs.. mas ja ja aprendo. Super beijo!
Assim é amigo! É prazeroso, agradável falarmos todos do mesmo jeito, não dizermos exactamente quem somos, do que gostamos e não gostamos, há quem diga que o que custa não é viver é saber viver, e saber viver quanto a mim e neste contexto é usar uma máscara social, onde todos nos disfarçamos e não mostramos nem o melhor, nem o pior de nós, pois todos temos qualidades e defeitos, somos HUMANOS!!! Por isso ás vezes conhecemos uma pessoa há muitos anos e afinal de contas não conheciamos ninguém... pois essa pessoa se mascarou tão bem que passou despercebida... entendo na perfeição o que escreveu de uma forma sentida e realista como sempre.
Um beijo
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