segunda-feira, 30 de abril de 2007

Tessitura poética

Obscuro sendero


Do tempo,
antigo e distante,
trago o conceito do infinito,
e o necessário cogito:
penso e reflito.

Da dúvida
vem-me o verbalizado,
sujeito e anunciado,
eixo da mente
com o corporificado.

Do sentimento,
o processado tormento
da complexidade dos elos,
em angustiantes ritornelos.

Do caminho,
resta-me o espinho:
compreendo que não sou,
e que a traição me imolou.

Da distinção,
o troféu.
Do Gênio enganador sou réu,
herdeiro da maldição:
ter fortunas em cogito,
no desterro do infinito.

Assim eu sou.
Assim admito.

7 comentários:

Doces Momentos disse...

Passei para te ler e deixar-te um beijo doce

Bia disse...

Assim és, assim te conheces, e no nosso caminho pela vida fora vamos constatando que nos conhecemos cada vez melhor e isso é uma virtude. é bom saber quem somos...
Um beijo

Zana disse...

É um caminho dificil,
É um caminho amargo e doce,
Com misturas indescritíveis,
Com momentos inesquecíveis...

E assim nos fazemos gente,
Sempre sem nunca andar parar trás,
Porque o tempo não o permite.

Vamo-nos fazendo e construindo,
Conhecendo cada parte,
E mapeando a nossa alma,
Deixando que a sua luz seja farol para o nosso caminho.

Espaços abertos.. disse...

Temos um livro dentro de nós,e cada página consta sempre de uma história diferente da outra.

Bjs Zita

Alvaro Gonçalves Correia de Lemos disse...

Oi meu amigo,

Hoje passo por aqui apenas para te desejar um lindo fim de semana e uma semana cheia de paz.
Xi - corações mil.

Unknown disse...

bons poemas e bom fim de semana

Anônimo disse...

Oi, Evaristo:

Ler bons poemas é uma alegria sempre.

Sônia, Maripá