É negra lápide,
do mais duro granito,
o elo com o infinito.
Morte,
portal do inferno,
ou senda para o gozo eterno.
A nulidade carnal que volta ao pó.
Antes,
o enigma da existência em sursis,
e escravidão abjeta às paixões vis.
Negra a távola,
mesa exposta
ao banquete e sanha
dos vermes,
que na carne apostam
saciar a fome tamanha.
Nulidade que volta ao pó.
Sobre o que resta,
suspensa está
a mão que segura
a balança.
Cerra-se a fresta.
E fecha-se o pano
de toda uma existência,
na cósmica
incógnita falência.
Nulidade ao pó.
Um comentário:
"Nulidade que volta ao pó.
Sobre o que resta,
suspensa está
a mão que segura
a balança.
Cerra-se a fresta."...
Que forte o teu poema, amigo...
forte e cheio de sentido... tão cru quanto as verdades que encerra...
Beijo grande para ti...
Lice...
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