O que diz o poeta
É preciso
compreenderes
que o poeta
fala de tudo e de nada.
Se mente,
da verdade fala.
Se fala a verdade,
dela é semente.
O poeta,
minha cara,
só não cala.
A verdade encara,
a ela embala,
o poeta.eu e você: somos cria e irmãos da poeira de todas as estrelas; somos luz e buracos negros. somos.
O que diz o poeta
É preciso
compreenderes
que o poeta
fala de tudo e de nada.
Se mente,
da verdade fala.
Se fala a verdade,
dela é semente.
O poeta,
minha cara,
só não cala.
A verdade encara,
a ela embala,
o poeta.
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efvilha
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sexta-feira, novembro 28, 2008
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Viver para amar você
Sabe o que eu queria?
Amar você,
somente você.
Dar,
somente a ti,
todo o amor que amei
em todas as mulheres
que conheci.
Meus braços,
e todos os meus abraços,
teus;
e em um abraço apenas,
todos os afagos que dei
a todas as mulheres que amei.
A minha alma,
que te dou com os meus beijos,
ser tua, somente tua:
é isso que sou,
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efvilha
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sábado, outubro 25, 2008
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Humana condição
Perdida está
no buraco negro dos anos passados,
pois que nada devolvem,
a leveza da mocidade
e todas as alegrias
da mais tenra idade.
Curva-me,
seguida a curvatura do tempo,
a flacidez das carnes,
que aos ossos dobram;
o peso de todos os dias idos,
a carga das lembranças
acumuladas,
a murchês dos seios caídos,
que outrora tantas delícias ofertaram.
Tudo perdido está,
na carcomida singularidade.
Cumpre-se a sina
de sempre determinada,
os anos se passaram.
Pretéritos são os amores,
tantos tidos no passado,
igualmente os bons humores
do sagaz pensamento alado.
De tudo no tempo acumulado
nada mais resta,
perdido está,
tudo em mim o atesta,
o tempo nada mais dá,
que a esperada morte,
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efvilha
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quinta-feira, outubro 16, 2008
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Silêncio
Silêncio!
Nada ouvir.
Sentir na alma,
Dor e nostalgia.
É tua ausência,
Que faz no silêncio
O pensar com saudade
Na tarde em agonia.
No silêncio,
Geme a alma
De dor tão certa,
De sentir-te longe.
A tarde, vai!
A noite, vem
O silêncio cai.
A alma dói.
Há o gemido profundo
Que clama e te chama.
Arde o amor infecundo,
A alma inflama.
Silêncio!
O querer-te... ouvir-te.
Sofrer na alma.
Naufragar na melancolia.
No silêncio...
Profundo,
Quase morrer!
Do amor que te dou.
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efvilha
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quarta-feira, setembro 24, 2008
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