Áspera luta
É presente,
e é passado,
o antigo desejo.
É manifesto lampejo,
intermitente,
e à morte fadado.
Assim que germina,
prisioneiro é
do útero carnal.
Torna-se banal
receptor de quimeras,
de estranhas faces.
E respira,
e transpira,
pela solitária sorte.
Da vida consorte,
fadado à morte,
suspira por sonhos
intensos,
de intensa liberdade,
e vive a fragilidade,
e pesadelos imensos,
em fragores medonhos.
Sobre si o estoque
bipolado da vida
em lâmina navalha.
Dois gumes bifurcantes
que cortam e esfacelam
por onde quer que vá,
negando-se os lumes.
Nada é
na essência vivificante
precedida pela existência
antes da criação.
Nasce.
E torna-se gérmen
do que planta pela própria mão.
Tu!
Que lutas imenso
contra toda torrente.
Tu!
Que já nasces decadente,
17 comentários:
"Nada é
na essência vivificante
precedida pela existência
antes da criação.
Nasce.
E torna-se gérmen
do que planta pela própria mão."
Gostei muito desse seu texto!!!!!!!!
Algumas levarei comigo, por muito tempo!
B.E.I.J.O.S
Olá
Gostando dessoutra arte, que é o tratamento da palavra, de maneira poética, achei muito bem conseguida, esta poesia.
Mais uma motivação, um convite ao raciocínio!
Uma particulidade dos poemas!
Daniel
Bom dia!!!
Vim agradecer a visita.
Bacana teu tua casa. Volto com mais tempo pra ler tá?
Abraço e bom domingo.
Oie meu amigo lindo! Estou tentando um retorno, ainda que lento, pela saudade dos amigos e agradecendo o carinho e apoio.
Mas seu poema apesar de triste é real e muito bem escrito. Infelizmente, temos diariamente essa triste cena, em nossa terra.
Bom domingo! Boa semana!
Beijos
"...Sobre si o estoque
bipolado da vida
em lâmina navalha..."
Esta é a parte racional da vida em poema... descrita com arte... vestida de beleza...
Beijinho para ti...
Gostei muito do seu texto. É a metáfora do ser, a poética da vida.
Um abraço,
Sandra
Como sempre muito lindo!
... como sempre que cá venho, com uma bela conjunção de palavras, fico eu sem comentários... apenas: - Lindisssino!!!
beijinho
Efvilha,
Lendo-te hoje, abrir uma fenda na alma trazendo dores no corpo como sal na ferida.
E este mundo decadente sem esperança que deixa...os seus/os nossos/ à espera “da solitária sorte” da morte do nada!?
Sem esperança...resta ainda uma lágrima no fundo do olho como um canto agourento.
Belíssima conjunção de imagem e poema!
(a)braços e flores de girassóis :(
Maravilhoso poema de met�foras filos�ficas.
Beijo
É uma descrição e tanto do que somos!
um beijo
Caro Amigo, a minha ausência, o meu estado ânimo hoje, a minha vontade de desistir que só não foi avante porque tenho mais amigos do que pensava, tudo disto encontrarás no meu blogue novo - o outro foi destruído - onde espero uma visita tua, nem que seja só para uma forcinha!!! O que aconteceu não foi nada poético!
Um abraço
Lindo este teu poema...paalavras para qu�?
Jinhos
Olá meu querido Amigo... Lindo, belíssimo e todos os adjectivos possíveis... Mais palavras para quê... Está tudo dito por ti!!!
Beijinhos de boa noite,
Fernandinha
Olá meu querido Amigo... Lindo, belíssimo e todos os adjectivos possíveis... Mais palavras para quê... Está tudo dito por ti!!!
Beijinhos de boa noite,
Fernandinha
Uma bela tessitura poética :)
Os desejos que brotam em nós são sempre indispensáveis à nossa vida. Mesmo se forem desejos maus ou prejudiciais, se eles não existissem, não dariam o sentido que dão à nossa vida.
Beijo *
Passarei mais vezes.
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