quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Tessitura poética

Princípio


Fruto da urdidura capital

do engodo ancestral

no ato do pecado original,

fecham-se os panos da vergonha carnal.


Todavia,

somos perenemente nus.

Cobre-nos, tão somente,

do crucial momento, a semente

travestida em dilacerado capuz.


Todo o resto,

sejam fios de ouro

ou farrapos de antigas tramas,

são panos que se abrem

e se fecham,

nas reveladas comédias

de nossos dramas.


A linha de fuga

de sempre estendida,

liberta e subjuga

a massa humana falida.


Tudo é fruto

e urdidura,

e nada mais conta?

4 comentários:

Menina do Rio disse...

Um Ano perfeito pra ti!

Maristeanne disse...

...

Aqui estás novamente, ainda que em realidade não tinhas ido, porque aqui permanece uma parte de ti.

Poeta,


Feliz ano que começa....Saúde, Paz, Amor e Felicidades...


Bom fim –de- semana!...


(a)braços,flores,girassóis:)

Fragmentos Betty Martins disse...

.________querido Efvilha







_______há todo um tanto____que conta







a essência





.o





cerne de cada um de nós_____...













beijO_______ternO
bSemana

Alice Matos disse...

"...Todo o resto,
sejam fios de ouro
ou farrapos de antigas tramas,
são panos que se abrem
e se fecham,
nas reveladas comédias
de nossos dramas..."

Quanta verdade nestas palavras...

Deixo o meu beijo...