quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tessitura poética

Naus errantes?


Viver:
são balanços das vagas da vida,
incessantes.
Nós?
A velame pleno
no infinito oceano Tempo,
Mar da Serenidade, jamais.

Alucinante viagem essa,
desconcertante.
Viver,
é ter quilha como fio de navalha gélida
a romper as incertas correntes do tempo
traçando rotas para nossos cascos de nau,
nessa viagem sempre inaugural.
Nós, deslizantes veleiros,
por engano ou por engodo,
julgados eternos náufragos errantes,
que não somos.

Que pequenino porto nos acolherá,
se temos os olhos plantados em todos os horizontes?

Um comentário:

Maristeanne disse...

efvilha,

Naus à deriva nas ondas infinitas do tempo naufragando com as estrelas em noites iluminadas de esperança.

Onde está o pequeno porto que nos acolherá?
...vestidos de mar buscaremos
ainda que por muitas vezes não o reconheçamos.


[poeta,obrigada pelas mensagens lindas de aniversário]



(a)braços,flores,girassóis...:-)