terça-feira, 4 de abril de 2006

O edificador do tempo!

Onde encontrar-te,
Oh! Incansável construtor do tempo.

Edificas o passado,
E constróis o devir
Do futuro incerto.

Ao passado que fizestes, cabe remendos?
Simulacros de remendos, talvez.
Ao futuro que irás construir, cabe domínios?
Simulacros de domínios, talvez.

Onde encontrar-te, então,
Edificador do tempo?
Que formas tens tu,
Se te apresentas tão fugaz?

Como achegar-se a ti,
Se te apresentas imperceptível
No infinito rolar do tempo?

Serias, tu, apenas um simulacro?
O simulacro de um tempo que nos consome,
sonho desvairado de uma Entidade que te cria?

Rizoma indefinível
Que o pobre homem tenta
Aprisionar em anos, dias e horas.

Onde encontrar-te,
Fugaz construtor do tempo?
Se passas Presente, célere,
Inaprisionável por um segundo sequer?

Simulamos possuir-te,
ou perder-te... nós...
simulacros de uma existência,
ou simulacros de um sonho inquietante...

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