quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Apresentando um amigo - 4

Na foto, o Mô numa das suas visitas à mãe:
Costelinha


(parte 4)

A surpresa em casa, foi diferente? Claro que não. Nem vou dizer que minha esposa quase teve um “troço”. Se já havia se preocupado com um, imagine com essa dose duplicada.
Tudo bem! Os dois eram umas gracinhas peludas. Acho que é uma artimanha da Natureza, para comovermo-nos com os animais quando pequenos, e nos responsabilizarmos por sua preservação quando adultos, ainda mais se nossos ancestrais tiveram a idéia de domesticá-los... ou será que foi o contrário? Às vezes tenho minhas dúvidas.
E assim passaram-se os dias.
Viemos a perceber que o Mô é que era o brinquedinho de luxo da Belinha. Era o seu bichinho “de pelúcia” preferido. E vivo, ainda por cima. Ela fazia dele o que bem entendia, e ele se comportava como ela queria. Isso que dizer que ela vivia por cima dele, rosnando para ele, “mordendo-o”, latindo “furiosa” para ele. Era o “seu” brinquedo. Que paciência de irmão, o Mô tinha. Nunca o vimos reclamar da sua irmãzinha. Antes, ele mesmo a procurava, às vezes, para se fazer de brinquedo. Assim ele se divertia.
Você, que detesta cachorros, deve estar pensando: que cachorro mais besta. E pensa que o Mô pode ter alguma disfunção de personalidade, ou que não seja de todo, macho. Sei lá. Eu o via e vejo como o vejo. Um belo cãozinho, amorosamente canino.

E passaram-se os meses.
Crescidos, conhecidos por gente que diz entender de cães, pelo menos dois veterinários disse que, pelas características dos dois, a Costelinha não foi tão... tão... Bem, ela não se deixou seduzir por um vira-latas qualquer. O seu parceiro misterioso teria lá alguma coisa de raça, talvez também de pedigree; e esses entendidos deram pelo menos duas alternativas, as quais não coloco aqui. Não assumo essas opiniões. Pronto. Pontos para a Costelinha: teve um caso, sim, pois aí estão os filhos para o comprovarem, mas deve ter sido com algum “príncipe” canino, misterioso, sim.

Lastimo. Nem tudo foi alegria.
A Belinha ia se aproximando do primeiro cio. Preocupação e cuidados à vista. Aqui em casa praticamente não temos muros. Seria tal mãe, tal filha? Aqui as coisas eram por demais facilitadas.
Minha filha tinha a intenção de esterilizá-la. Não o fez prontamente, pois o veterinário disse que seria melhor ela passar por um processo de amadurecimento, antes. Quer dizer, passar por alguns períodos de cio. Ele entende? Respeitemo-lo! E assim foi feito. Mas, o que fazer? Mantê-la fechada? E o seu direito de ir e vir?
Uma solução possível seria “protegê-la” com um tipo de calcinha disponível no mercado canino. Se bem escolhida, diziam, era um verdadeiro cinto de castidade. Você acredita nisso? Pois é! É a Natureza, meus amigos! Ela grita forte quando quer se manifestar, e rompe cintos de castidade. Foi o que aconteceu. Mesmo protegida, a Belinha encontrou um cachorro – sim, C A C H O R R O! – que a seduziu.
Resultado: 5 filhotes. O Mô foi um dos parteiros de plantão. Acompanhou de perto todo o processo, ajudou a limpar os sobrinhos; chegava mesmo a “cuidar” deles quando a Belinha precisava se ausentar da prole para espairecer e fazer suas necessidades. Afinal, o Mô estava ali.

A Belinha tinha um defeito. Ou será falsa crença? Posted by Picasa

Um comentário:

Zana disse...

Também já passei por essa experiência, com a minha cadela aconteceu duas vezes... ainda mal tinha deixado a primeira ninhada, estavmos nós a pensar em estereliza-la quanto não é o nosso espanto ja estava prenha novamente... lol!!!

Estes cães são danadinhos são...eheh

ps-obrigada pelos comentários, são deliciosos :) gostava de trocar o email para podermos falar mais vezes, e não ter de esperar para receber ou fazer algum comentário por aqui :)