Génesis (2005)
O.S.T. 60x80cm
É do útero das mulheres que a humanidade lança um olhar para as estrelas, e parte para o espaço cósmico interestelar.
É desse agasalho materno que todo homem e toda mulher parte para a aventura da vida.
É desse metafórico agasalho das antigas cavernas que a humanidade parte nessa viagem circundante de luz, rumo a tantas outras luzes.
E todos somos filhos da luz, revelados pela luz.
sábado, 19 de agosto de 2006
Tessitura sobre Tela
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efvilha
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sábado, agosto 19, 2006
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sexta-feira, 18 de agosto de 2006
Um dia muito especial
O registro feliz.
Eu acabava de assinar a Ata da minha Qualificação.
Isso significa que o meu Projeto de Pesquisa RESIGNIFICANDO LINGUAGENS NO ESPAÇO ESCOLAR: esboçando um outro mapa para leitura e escrita de textos "foi julgado adequado para a obtenção de Qualificação ao Mestrado em Letras, e aprovado em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Letras - área de concentração Linguagem e Sociedade", pela Egrégia Banca da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, Campus de Cascavel.
Na foto, da esquerda para a direita: Eu, e o meu sorriso feliz; Professora Doutora Eliane Cardoso Brenneisen; Professora Doutora Roselene Fátima Coito; Professor Doutor Acir Dias da Silva; Professora Doutora Beatriz Helena Dal Molin, minha Orientadora.
À Egrégia Banca, meus cumprimentos e agradecimento por suas inestimáveis contribuições para que a Tese final supere as minhas expectativas. Foram sábias contribuições.
À minha querida "Bia" que, antes de Acadêmica e Orientadora, é amiga e navegante, não cabe apenas agradecimentos, que sempre seriam poucos.
Antes, o sempre presente reconhecimento: A Bia, como navegante do Saber, raramente segue a rota dos faróis, pois que ela é daquelas pessoas especiais que vai á frente, sempre implantando inúmeros outros faróis que nos levam a novos mundos. É ela, a Bia, a responsável para que o meu projeto adquirisse inovadoras e desafiadoras feições.
A Bia faz com que a navegação pelos mares do conhecimento transcorra numa perene convivência com a aventura, com o descortinar desconcertante de novos horizontes que se desdobram em outros horizontes. Esse rizoma de Aprendência se desdobra de forma imprevisível, para não dizer alucinante, num delicioso desejo de mergulhar em todos os oceanos,
o que torna em ventura boa essa aventura da busca do Saber.
A Bia é daquelas pessoas especiais que faz com que permaneça sempre viva a capacidade de sonhar. Perto da Bia, nunca envelhecemos, pois que é fonte inesgotável da fonte da juventude da alma.
Bia, amada amiga, o meu carinhoso abraço; da Lucidalva, minha esposa; dos meus filhos.
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quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Apresentando um amigo - 4
Na foto, o Mô numa das suas visitas à mãe:
Costelinha
(parte 4)
A surpresa em casa, foi diferente? Claro que não. Nem vou dizer que minha esposa quase teve um “troço”. Se já havia se preocupado com um, imagine com essa dose duplicada.
Tudo bem! Os dois eram umas gracinhas peludas. Acho que é uma artimanha da Natureza, para comovermo-nos com os animais quando pequenos, e nos responsabilizarmos por sua preservação quando adultos, ainda mais se nossos ancestrais tiveram a idéia de domesticá-los... ou será que foi o contrário? Às vezes tenho minhas dúvidas.
E assim passaram-se os dias.
Viemos a perceber que o Mô é que era o brinquedinho de luxo da Belinha. Era o seu bichinho “de pelúcia” preferido. E vivo, ainda por cima. Ela fazia dele o que bem entendia, e ele se comportava como ela queria. Isso que dizer que ela vivia por cima dele, rosnando para ele, “mordendo-o”, latindo “furiosa” para ele. Era o “seu” brinquedo. Que paciência de irmão, o Mô tinha. Nunca o vimos reclamar da sua irmãzinha. Antes, ele mesmo a procurava, às vezes, para se fazer de brinquedo. Assim ele se divertia.
Você, que detesta cachorros, deve estar pensando: que cachorro mais besta. E pensa que o Mô pode ter alguma disfunção de personalidade, ou que não seja de todo, macho. Sei lá. Eu o via e vejo como o vejo. Um belo cãozinho, amorosamente canino.
E passaram-se os meses.
Crescidos, conhecidos por gente que diz entender de cães, pelo menos dois veterinários disse que, pelas características dos dois, a Costelinha não foi tão... tão... Bem, ela não se deixou seduzir por um vira-latas qualquer. O seu parceiro misterioso teria lá alguma coisa de raça, talvez também de pedigree; e esses entendidos deram pelo menos duas alternativas, as quais não coloco aqui. Não assumo essas opiniões. Pronto. Pontos para a Costelinha: teve um caso, sim, pois aí estão os filhos para o comprovarem, mas deve ter sido com algum “príncipe” canino, misterioso, sim.
Lastimo. Nem tudo foi alegria.
A Belinha ia se aproximando do primeiro cio. Preocupação e cuidados à vista. Aqui em casa praticamente não temos muros. Seria tal mãe, tal filha? Aqui as coisas eram por demais facilitadas.
Minha filha tinha a intenção de esterilizá-la. Não o fez prontamente, pois o veterinário disse que seria melhor ela passar por um processo de amadurecimento, antes. Quer dizer, passar por alguns períodos de cio. Ele entende? Respeitemo-lo! E assim foi feito. Mas, o que fazer? Mantê-la fechada? E o seu direito de ir e vir?
Uma solução possível seria “protegê-la” com um tipo de calcinha disponível no mercado canino. Se bem escolhida, diziam, era um verdadeiro cinto de castidade. Você acredita nisso? Pois é! É a Natureza, meus amigos! Ela grita forte quando quer se manifestar, e rompe cintos de castidade. Foi o que aconteceu. Mesmo protegida, a Belinha encontrou um cachorro – sim, C A C H O R R O! – que a seduziu.
Resultado: 5 filhotes. O Mô foi um dos parteiros de plantão. Acompanhou de perto todo o processo, ajudou a limpar os sobrinhos; chegava mesmo a “cuidar” deles quando a Belinha precisava se ausentar da prole para espairecer e fazer suas necessidades. Afinal, o Mô estava ali.
A Belinha tinha um defeito. Ou será falsa crença?
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quarta-feira, agosto 16, 2006
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sexta-feira, 11 de agosto de 2006
Chronos, devorador de vidas e de sonhos - 8
(parte 8)
Uma boa parte da tarde Leonor ficara de olho na estrada, ansiosa pela nossa chegada. Não conformada com a espera, dirigiu-se até a porteira. Esta estava aberta por causa dos convidados que chegavam. Os animais que ocupavam esse pasto foram transferidos para outro lugar. Assim, quando surgimos na curva da estrada, Leonor nos acenou e correu ao nosso encontro. Meu pai, diligente, parou a carroça para que eu descesse. Corri ao seu encontro. Confesso, havia sentido saudade dessa menina tão meiga, amiga dedicada. Quando nos alcançou, papai parou a carroça. Leonor – sempre ela – agradeceu e dispensou a carona. Iríamos a pé, disse ela, para aproveitarmos ao máximo o restante da tarde. Foi um reencontro feliz, alegre.
Chegamos às casas e Leonor quis mostrar-me o que estava preparado e em preparo. Havia um movimento febril, muitas pessoas desconhecidas, e todas prontas a ajudar em alguma coisa. Logo, meu pai já estava se dedicando à sua tarefa de orientar o preparo dos temperos e das carnes. Por tudo que eu via, esta, sem dúvida, seria uma das maiores festas que eu fora. Tudo girava em torno da alegria, da animação. Havia música no ar. Um trabalho inebriante. O jantar dessa sexta-feira já estava sendo preparado, quase que uma festa, e seria logo servido. Assim, os adultos teriam tempo para fazer ainda algo mais num espaço da noite.
O tempo correu célere, pois havia muita gente para conhecer, tanta coisa para ver. Leonor me acompanhava, e mostrava-me, entusiasmada, os preparativos para a festa maior. Havia tanta gente que, nós, crianças, estávamos dispensados de ajudar em algo. Grupos barulhentos de crianças se ocupavam, então, das mais variadas brincadeiras. Algumas moças também; entre elas a noiva, muito linda, simpática.
Chegado o momento do sono, cada qual se acomodava onde podia. Era como um grande acampamento, e havia uma harmoniosa descontração. Nós, as crianças, ocupamos um galpão que nos foi reservado. Como cama havia de tudo: pelegos, mantas, colchões emprestados por vizinhos, e isso contribuía para nossa felicidade: estarmos juntos. Simples felicidade.
A madrugada chegou, e com ela o retorno da faina. Quando acordamos, muitos adultos já se ocupavam das suas tarefas. Aves e outros animais eram abatidos e preparados. Havia muito trabalho, mas, acima de tudo, uma alegria quase que mística.
No ar pairava o delicioso aroma do café recém coado; o odor do leite fresco, já fervido, instigava o nosso primeiro apetite do dia. Pães eram retirados quentinhos do forno; isso se misturava aos odores dos temperos num belo convite à vida. Nem sabíamos a que horas os adultos haviam levantado para preparar essa profusão de coisas que já estavam prontas.
Terminado o café, fomos conferir as comidas que estavam sendo preparadas. Alguns homens e mulheres ajudavam meu pai no preparo das variedades de carnes que ainda seriam assadas. Logo, novamente, havia música no ar.
A um dado momento, Leonor se afastou. Quando retornou algum tempo depois, trazia um grosso volume de revistas variadas. Estas haviam sido trazidas pela família da noiva. Deu-me parte delas e pediu-me que a acompanhasse. Pelo rumo que tomamos, logo percebi para onde iríamos. Antes, porém, ela pegou dois pelegos macios, e nos encaminhamos para o seu lugar predileto, no alto da velha mangueira. Lá chegados, uma surpresa. Leonor, lembrando-se do desconforto que passara da vez em que lá estivemos havia providenciado algo com a ajuda de alguns pedaços de tábua. Ali estava a engenhosidade da minha amiga. Segundo ela, estudara com muito cuidado o que fazer e, por final, fez surgir um confortável banco. Ali ela se ajeitou, forrando-o com um dos pelegos. Antes, havia arrumado o pelego naquele que era o seu lugar preferido, onde indicou que eu me sentasse. Ali sentei-me, e o ambiente ficou admiravelmente aconchegante. Estávamos prontos para mais uma das nossas aventuras.
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sexta-feira, agosto 11, 2006
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Tessitura em tela
Mutações (2005)
O.S.T. 50x70cm
No tempo, e pelo tempo, o tráfego de todas as mutações.
O branco tinge-se de tinto: taça de vinho; tinto de sangue?
Nos centímetros quadrados da Hera, os signos de uma existência efêmera.
Signos de uma linguagem.
Signos na folhagem.
Signos nas nuances do arco-íris: enredos de todas as vidas... de todas as vidas... de todas... que escapam ao espaço... e o espaço, tão efêmero. E o que resta, se não um indicador qualquer.
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sexta-feira, agosto 11, 2006
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quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Tessitura poética
Limbos do desejo
O vício,
do sonho.
Divagar!
Que te impede voar?
Serão as asas que te faltam
ao alado desejo?
Sonhas voar
a alado feito,
quando a alma almeja
aos altos chegar.
Nega-te.
Não seres alado ser,
a erguer em vôo,
teu corpo inerte...
Mulher!
Tua alma...
que almeje voar.
Teu corpo,...
Que se espoje na clara lama
Do desejo... e
Te leve... leve a voar.
No sonho.
No vício... no gozo,
ali aportar!
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quinta-feira, agosto 10, 2006
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